quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mário Lago

"Devolve toda a tranquilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi
Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci"

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Reflections of a Skyline.

"E eu quero brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho, e massagear seu pescoço. E beijar seu rosto, segurar sua mão e sair p'ra andar. Não ligar quando você comer minha comida, e te encontrar numa lanchonete p'ra falar sobre o dia. Falar sobre o seu dia e rir da sua, sua paranóia. E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis. E te contar sobre o programa de TV que assisti na noite anterior e não rir das suas piadas. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco. Te dizer o quanto adoro seus olhos, seus lábios, seu pescoço, seus peitos, sua bunda. Sentar na escada, fumando, até seus vizinhos chegarem em casa, sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está atrasado, e me surpreender quando você chega cedo. E te dar girassóis e ir à sua festa e dançar. Me arrepender quando estou errado e feliz quando você me perdoa. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre. Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irrita. Eu digo que você está linda, e te abraçar quando você estiver aflita, e te apoiar quando você estiver magoada, te querer quando te cheiro, e te irritar quando te toco e choramingar quando estou ao seu lado. E choramingar quando não estou. Debruçar-me no seu peito, te sufocar de noite e sentir frio quando você puxa o cobertor e sentir calor quando você não puxa. Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri. Mas não entender como você pode achar que estou rejeitando você quando eu não estou te rejeitando, e pensar como você pôde pensar que eu te rejeitaria. E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito. E te contar sobre o "tree angel", "o menino da floresta encantada" que voou todo o oceano porque ele te amava. Comprar presentes que você não quer e devolvê-los denovo. E te pedir em casamento, e você dizer "não" denovo mas continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade mas sempre foi sério, desde a primeira vez que pedi. Ando pela cidade pensando. É vazio sem você mas eu quero o que você quiser e penso. Estou me perdendo, mas vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso. Responder suas perguntas quando prefiro não responder, e dizer a verdade mesmo que eu não queira, e tentar ser honesto porque sei que você prefere. E achar que tudo acabou, espera só mais dez minutos antes de me tirar da sua vida. Esquecer quem eu sou e me deixar tentar chegar mais perto de você. E de alguma forma, de alguma forma, de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso, incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual, infinito amor que eu tenho por você."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A doida.

"A Noite passa, noivando
Caem ondas de luar.
Lá passa a doida cantando
Num suspiro doce e brando
Que mais parece chorar!

Dizem que foi pela morte
D'alguém, que muito lhe quis,
Que endoideceu. Triste sorte!
Que dor tão triste e tão forte!
Como um doido é infeliz!

Desde que ela endoideceu,
(Que triste vida, que mágoa!)
Pobrezinha, olhando o céu,
Chama o noivo que morreu,
Com os olhos rasos d'água!

E a noite passa, noivando.
Passa noivando o luar:
"Num suspiro doce e brando,
Pobre doida vai cantando
Que esse teu canto, é chorar!"

Florbela Espanca.

sábado, 7 de agosto de 2010

'Cale-se'

"Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

(...)

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado

(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno

(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça

(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo

(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel

(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça

(Cálice!)"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PULP - Bukowski.

"Frequentemente, os melhores momentos na vida são quando a gente não está fazendo nada, só meditando, ruminando. Quer dizer, a gente pensa que todo mundo é sem sentido, aí vê que não pode ser tão sem sentido assim se a gente percebe que é sem sentido, e essa consciência da falta de sentido já é quase um pouco de sentido. Sabe como é? Um otimismo pessimista."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Para o primeiro mundo, nosso defeito básico é pensar. - TOM ZÉ.


"De vez em quando um de nós estuda um pouquinho e começa a ficar perigoso!"
ficadica.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

02/09/09. Do nosso amor a gente é que sabe, pequena.


Eu acho que hoje foi o pior dia da minha vida até hj, não ão, melhor, um dos...
São poucos!
A minha Nietzsche se foi... Ela morreu hoje a tarde mais ou menos 15h. Envenenada.
Odeio esses seres humanos egocêntricos que não têm um pingo de piedade...
Foi horrível ver ela daquele jeito, ofegante e agoniada...
Me senti um lixo enquanto ela ficava daquela forma, não conseguia fazer nada, estava impotente, além de buscar esperanças que ela sobreviveria... Até tentei fazer ela ficar calma, mas a dor nela era tão forte que ela me mordeu... Não como sempre me mordia, dessa vez era como se ela estivesse mordendo algo que fosse comer, doeu muito, tive que correr na msm hora pra lavar o dedo, (ainda vou no médico, não sei bem se é preciso... mas!)
Quando eu vi ela já nem lutava tanto contra a morte, quase não se movia, foi aí que eu vi, que já era pra mim e pra ela, o meu maior amor de mais ou menos um ano e meio, estava me deixando... Não consegui conter minhas lágrimas, que não foram poucas. Acho que são pouquissimas as pessoas que podem entender o que estou sentindo..
A maioria delas pensam: "Era só uma gata, outras virão"
Não vai ser tão fácil assim me acostumar com a idéia de que ela não está mais comigo...
Vai demorar muito até eu conseguir criar outro(a) gato(a).
A gata que falo aqui, não é a mesma que eu postei uns dias atras...
A que eu disse, era a irmã da minha...
E ela também, vai ficar muito triste, porque ela vai sentir muita falta da minha florzona,
Isso é lógico...

Minha Nietzsche, sofreu uma injustiça tão grande... Não pude ficar com ela nem dois anos inteiros...
É isso, a morte me levou algo de muito precioso e especial na minha vida.